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Os Rituais     Atividade Física

Sabia que muitas pessoas com doença cardíaca podem (e devem) fazer exercício físico e que existem vários programas de reabilitação cardíaca?

Exercício e Doença Cardiovascular

Sabia que muitas pessoas com doença cardíaca podem (e devem) fazer exercício físico? E que grande parte dos fatores de risco modificáveis – como a hipertensão, a resistência à insulina, a obesidade e a dislipidémia (alteração dos níveis de gordura no sangue) – melhoram bastante com a participação num programa de exercício físico adequado?

Ritual: Se sofreu um evento cardiovascular grave, participe num programa de reabilitação cardíaca supervisionado por um médico e especialista em Exercício e Saúde, aumentando assim a capacidade funcional, favorecendo a rápida integração na vida activa e promovendo a qualidade de vida. Se não é o seu caso, incentive esta decisão a pessoas que tenham sido vítimas desta doença.

A incidência de doenças cardiovasculares tem aumentado de forma alarmante nas últimas décadas e representa actualmente a principal causa de mortalidade e morbilidade na maioria dos países desenvolvidos. Apesar de Portugal apresentar a Doença Cérebro-Vascular como a principal causa de morte (com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 18% antes dos 65 anos), a doença isquémica cardíaca – da qual o enfarte agudo de miocárdio é a manifestação mais grave – é também responsável por um elevado número de mortes (com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 16% antes dos 65 anos).
Para reduzir as consequências mais nefastas de um evento cardíaco grave – especialmente a limitação funcional, a dependência física e os sintomas de ansiedade e depressão -, e no intuito de diminuir a probabilidade de ocorrência de novos episódios, várias instituições prestigiadas têm desenvolvido e publicado directrizes sobre os programas de reabilitação cardíaca que cada paciente deve seguir, de acordo com a gravidade da sua doença. Sabia que as pessoas que permanecem sedentárias após um primeiro enfarte de miocárdio têm uma mortalidade superior (cerca de 20-25%) àquelas que frequentaram programas de reabilitação cardíaca?

Infelizmente, a adesão a este tipo de programas ainda não é uma prática muito comum em Portugal. Segundo a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, apenas 1,8% dos candidatos frequentam um Programa de Reabilitação Cardíaca, comparativamente com os 10-20% que se verificam nos restantes países europeus e Estados Unidos da América. Por um lado, porque muitos dos nossos doentes cardíacos ainda encaram (erroneamente) o repouso total mais seguro que o exercício físico orientado (e caberá aos especialistas da área da saúde e às entidades governamentais delinear estratégias de sensibilização para a importância do exercício na reabilitação de um evento cardíaco); e por outro, porque a existência (e divulgação) de programas de reabilitação cardíaca ainda é limitada em grande parte do território nacional.

A CONSIDERAR:
  • Se teve um episódio de doença cardiovascular e já terminou a reabilitação no meio hospitalar (com alta médica), fale com o seu médico sobre a possibilidade de participar num programa de actividade física supervisionada por um especialista em fisiologia do exercício. Entre outras avaliações complementares, é natural que seja sujeito a uma estratificação de risco e também a uma prova de esforço, que permitirá detectar sinais de disfunção cardíaca e determinar a sua capacidade funcional (fundamental para a prescrição adequada de exercício).
  • Se tem autorização do seu médico para a prática de exercício físico,  a realização de um programa de treino supervisionado por um especialista em Exercício e Saúde, a regular vigilância dos factores de risco e a manutenção de consultas de rotina, são condições importantes na promoção da saúde cardiovascular.  Procure prolongar o seu programa de promoção de saúde por toda a vida.
  • Procure adoptar comportamentos mais ativos sempre que possível – como subir escadas e caminhar um pouco mais nos seus pequenos percursos diários. O repouso prolongado resulta em perda de massa óssea, perda de massa muscular e diminuição da aptidão cardiovascular, e pode também dar origem ao aumento de sintomas depressivos.
  • Em geral, procure sentir-se confortável na realização de exercício físico, evitando intensidades de esforço muito superiores àquelas a que está habituado. A realização de actividades moderadas – como a marcha e os passeios de bicicleta – durante 20-40 minutos e em 3-5 dias da semana, são aconselháveis e bastante benéficos na grande maioria dos casos. Se sentir que a sua frequência cardíaca, o ritmo respiratório e a temperatura elevam um pouco mas que consegue manter uma conversação normal, poderá ser um bom guia para as suas actividades.
  • Não dispense um bom aquecimento e retorno à calma nas suas sessões de exercício. Realize 5-10 minutos de exercício com menor intensidade numa fase inicial da sessão - visando um aumento da temperatura e da circulação sanguínea nos músculos esqueléticos e no coração - e dedique 10-15 minutos na sua fase final para repor o oxigénio em dívida e para alongar os músculos exercitados.
  • Não receie envolver-se em exercícios de força muscular prescritos por um especialista em Exercício e Saúde. Este tipo de treino permitir-lhe-á realizar as tarefas do dia a dia com maior conforto e segurança e favorecerá uma mais rápida integração na vida activa e produtiva. Também neste tipo de treino é aconselhável um esforço leve a moderado, mantendo uma velocidade de execução lenta e controlada e evitando bloquear a respiração.
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