Sabia que o consumo de chá em Portugal terá aumentado cerca de 4-5% nos últimos anos? E que ainda assim, o atual consumo está longe de atingir a média verificada em outros países, onde a consciência sobre os benefícios desta bebida são melhores conhecidos?
RITUAL: Adote o chá como uma das suas bebidas de eleição, usufruindo da sua riqueza em flavonoides - potentes antioxidantes que conferem bastantes benefícios à nossa saúde.
A crescente oferta de novas bebidas, com novas cores, novos sabores e novas fórmulas de produção, emerge no mercado de consumo a um ritmo impressionante. Não será de estranhar, portanto, que em boa parte das vezes que nos dirigimos a uma grande superfície comercial deparemos com um sumo, um chá, uma cerveja ou uma água nunca antes vistos. E este fenómeno causa por vezes alguma ambivalência: por um lado a esperança de que as novidades se tornem menos calóricas, mais nutritivas e igualmente agradáveis ao paladar; e, por outro, a dificuldade de escolha inerente à inevitável enormidade de opções.
Quais serão as melhores bebidas a ingerir às refeições? E ao longo do dia? Serão os sumos light saudáveis? E as bebidas gasosas? E o tão afamado chá de ervas? O que pensar sobre as águas com sabores? E sobre as cervejas com aromas de fruta?!
Regra geral, tenha presente que a água é a bebida de eleição tanto para as refeições principais como para ter facilmente acessível ao longo do dia. O chá, enquanto bebida rica em flavonoides (um potente antioxidante que confere bastantes benefícios à nossa saúde), pode também fazer parte das nossas escolhas diárias. Opte no entanto pelas suas variedades sem aditivos e procure não ultrapassar 6-7 chávenas por dia, devido ao seu moderado teor de teína (substância de efeitos semelhantes à cafeína). Já sobre as bebidas alcoólicas, modere particularmente na sua ingestão. Estabelecer um limite máximo de duas porções diárias (preferencialmente de vinho tinto) se for homem e de uma porção diária se for mulher é consensual. Para mais dicas úteis, atente nas considerações que se seguem.
CONSIDERAÇÕES:
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Se a água natural não satisfaz o seu paladar, experimente as águas minerais com sabores ou água com gotas de limão adicionadas. Estas bebidas podem ser um excelente substituto dos refrigerantes clássicos, quer durante as refeições principais (facilitando a digestão, no caso de terem bicarbonato) quer no intervalo entre as mesmas. Procure no entanto versões sem corantes, sem conservantes e sem adição de açúcares, no caso das águas aromatizadas.
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Beba chá regularmente. Embora os chás tenham propriedades distintas entre si, de uma forma geral todos eles têm uma quantidade apreciável de flavonoides (potentes substâncias antioxidantes) que podem contribuir para a prevenção de alguns tipos de cancro, doenças cardiovasculares e envelhecimento precoce. Note também que a teína presente no chá é bastante inferior à cafeína encontrada no café (enquanto uma “bica” tem 110-120mg de cafeína, uma chávena de chá tem cerca de 60mg de teína).
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Opte pelas variedades do chá sem aditivos e na altura da sua preparação, procure deitar a água bem quente diretamente sobre a saqueta, deixando de seguida 4-5 minutos em infusão. O paladar estará certamente mais apurado e os benefícios serão maiores.
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Se não deseja abdicar dos refrigerantes, aprecie-os mas prefira versões sem calorias (com edulcorantes, também conhecidos por adoçantes). Também poderá diluir estas bebidas e os sumos (muitas vezes demasiado doces) em água, fazendo “render” uma bebida para duas pessoas!
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Modere em particular a ingestão de bebidas ácidas (p.ex. as colas), uma vez que o seu elevado consumo está associado a uma menor saúde dos dentes. Nos momentos em que não abdicar das mesmas, procure não as reter na boca por períodos prolongados nem as “bochechar”. Uma solução para estas ocasiões será usar uma palhinha dirigida à zona posterior da boca.
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Modere a ingestão diária de álcool, estabelecendo um limite máximo de duas porções diárias (preferencialmente de vinho tinto) se for homem e de uma porção diária se for mulher. É caso para dizer “o que pouco faz bem, a mais pode fazer muito mal à saúde”.
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Se pretende beber uma dose de vinho (ou outra bebida alcoólica) faça-o durante as principais refeições ou aquando da ingestão de alimentos, e não isoladamente. O consumo de álcool fora das refeições pode aumentar a taxa de alcoolemia (e respetivos sinais e sintomas) cerca de 8 vezes, comparativamente à ingestão da mesma quantidade à refeição.
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Evite pressões sociais para beber bebidas alcoólicas, ingerindo apenas a quantidade que lhe permita realizar todos os movimentos e tarefas com controlo, autonomia e responsabilidade, e que considera adequada quer às suas características pessoais (como o peso, idade e género) quer ao estado de fadiga e condição emocional.