Sabia que, segundo os dados da Balança Alimentar Portuguesa, o consumo de peixe em Portugal reduziu cerca de 10% na última década? E que embora o seu preço e o tempo necessário para a sua confeção não sejam do agrado de muitas pessoas, podemos adotar estratégias que minimizam estes obstáculos?
RITUAL: Supere as objeções que o levam a ingerir menos de 2 refeições de peixe por semana: se tem pouco tempo disponível, compre o peixe fresco escalado e mantenha algumas reservas de peixe congelado (deixando-o a descongelar no início do dia da sua confeção) e de peixe enlatado; se o problema é o preço, recorra mais frequentemente à sardinha, ao carapau e à truta, mais baratos e igualmente nutritivos.
De uma forma geral, todas as pessoas já conhecem os benefícios que o consumo moderado de peixe proporciona no perfil lipídico e na saúde cardiovascular. Sabemos também que este alimento é rico em proteínas de alto valor biológico, em vitaminas do complexo B e, no caso dos peixes gordos, em vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K). Como se estes factos não fossem suficientes, a sua diversidade, a vasta aplicação culinária que permite e os seus sabores deliciosos são razões de sobra para que esteja presente na dieta de todos nós.
Será no entanto intrigante verificar que o consumo de peixe tem sofrido um declínio nas últimas décadas. Contrariamente à carne – que apesar de mais rica em ácidos gordos saturados tem marcado grande presença no prato dos portugueses -, a preferência pelo peixe terá reduzido cerca de 10% em pouco mais de 10 anos. Mas, se as vantagens da ingestão de peixe são tantas, quais as causas que justificam este fenómeno declinante?
Serão, muito provavelmente, o seu preço menos acessível e, em menor grau, a ideia generalizada de que confecionar peixe é mais trabalhoso e despende muito tempo (aspeto cada vez mais valorizado na nossa sociedade). Se para a primeira objeção as soluções são mais escassas, embora seja possível comprar peixe com ótima qualidade nutricional e a um preço acessível - como é o caso da sardinha, do carapau e da truta -, perante a segunda objeção as soluções são de facto mais abundantes. Atente e comprove as nossas considerações.
CONSIDERAÇÕES:
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Se gosta de peixe fresco e nem sempre tem tempo para o descamar e preparar, opte pela compra de peixe escalado. Ao solicitar este serviço gratuito no ato da compra, evitará perdas de tempo desnecessárias.
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Experimente comprar peixe congelado para guardar e confecionar sempre que lhe apeteça. Embora não tão saboroso como o peixe fresco, a quantidade de nutrientes que perde é insignificante, para além de manter a sua textura natural e de ser comercializado numa versão pronta a cozinhar.
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Explore também os peixes enlatados, como o atum (sobretudo aquele que é conservado em água) e a sardinha. Juntá-los às suas massas integrais e arroz (ou até com um bom pão!) pode ser uma opção rápida e equilibrada, especialmente se completar a refeição com uma boa dose de hortaliças e legumes. No entanto, e porque são um pouco mais salgados que o peixe fresco, não abuse (1-2 vezes por semana). Esta nota também é válida para o salmão fumado, rico em ácidos gordos ómega-3.
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Aventure-se na elaboração de arroz de peixe! Comece por cortar uma cebola, 2 cenouras, 2 tomates e um pouco de pimento em pequenos cubos. Refogue a cebola com um pouco de alho e azeite e junte-lhe de seguida ervilhas frescas e os restantes legumes. À medida que vai fervendo, adicione 3 copos de água. De seguida, junte 1 copo de arroz e 200g de peixe a seu gosto e deixe cozer 15-20 minutos.
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Experimente também confecionar sopa de peixe com massa. Comece por fazer um refogado com azeite, 1 cebola picada, 3 tomates e 1 pimento em pedaços pequenos. Junte o peixe e a água suficiente para a sopa e, um pouco depois, adicione a massa (tipo cotovelo). No final, junte um pouco de coentros para obter um sabor especial.
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Diversifique o tipo de peixe que escolhe para as suas refeições e o seu método de confeção. Quem sabe não descobre menus bastante apreciados pelos seus filhos, que tanta resistência oferecem a este precioso manjar?! Desde os peixes magros - como o bacalhau fresco, a raia, o safio, o peixe-espada, a corvina, o cherne, o linguado, a pescada e a truta -, até aos mais gordos, como o salmão, a dourada, a sardinha, a cavala, o arenque, as anchovas e as enguias, os sabores a explorar são imensos.
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